"Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade.
Ninguém que não a tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida.
Ninguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso.
Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
Gabriel García Márquez
"Por mais que soe ingênue, pueril e até mesmo fora de moda, afirmo que o dever número um do jornalista é com a verdade- mesmo que ela não seja algo claramente identificável.
O dever número dois é com o jornalismo independente.
O número três é com os cidadãos. Não se deve ter vergonha de tomar partido deles.
O quarto dever do jornalista é com sua própria consciência."
Ricardo Noblat, A arte de fazer um jornal diário
