quinta-feira, 23 de abril de 2009

Fazendo um jornal

Nas últimas três semanas, temos trabalhado no jornal da disciplina. Assim como a maioria dos jornais, é dividido em várias editorias, sendo elas: geral, polícia, mundo, economia, política, cultura e esportes. Tivemos a chance de escolher de qual editoria gostaríamos de participar, levando em conta que cada uma teria entre cinco e oito alunos. A escolha foi um pouco difícil para nós, mas acabamos por optar por política (Débora) e economia (Carolina).
Na editoria de política, fui encarregada de escrever sobre o governo de Yeda Crusius, enquanto a Carol fez um texto sobre a crise mundial. Não foi fácil, mas as matérias ficaram prontas hoje, na aula mesmo. Nos próximos posts, falaremos sobre o processo de fazer uma matéria, da escolha desses assuntos, das dificuldades que tivemos e das pesquisas que foram feitas, além de postarmos os textos em si.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O esgotameto do jornal impresso

Com o crescimento da internet, veio a decadência do jornal impresso. As várias mudanças ocorridas nos hábitos, na maneira de pensar e na vida das pessoas, aliadas à queda nas vendas e ao aumento dos preços dos jornais são os principais motivos desse declínio.
Atualmente, é muito fácil descobrir o que acontece a cada minuto. Através da internet, as notícias são atualizadas a toda instante, e ninguém precisa esperar muito tempo para saber dos últimos acontecimentos. Os jornais, que só são distribuídos uma vez por dia, podem demorar para levar as informações a quem precisa. Além disso, são difíceis de manipular, pesados e gastam muito papel. Com toda a consciência ecológica que se tem nos dias de hoje, é difícil ignorar a quantidade de papel utilizada nessa produção.

Isso, no entanto, não resultará no fim do jornalismo escrito. O jornal impresso está com os dias contados, mas há outras maneiras de se levar as notícias para as casas dos leitores. Talvez as revistas, por consistirem em reportagens que não necessitam de atualizações imediatas, consigam sobreviver na sua antiga forma. Outra opção de mudança para os jornais seria seguir esse modelo. Mas, como isso já ocorre nas revistas e os jornais não estão muito determinados a mudar a sua estrutura, essa alteração é improvável.
Mas o futuro do jornalismo escrito consiste principalmente na internet, o mais rápido e eficiente meio de comunicação atual. Contudo, ela também apresenta desvantagens. Entre elas estão a redução de tempo para escrever as matérias, devido à necessidade de rapidez para publicá-las, gerando, assim, uma diminuição em sua qualidade. Além disso, quando se tem um jornal em mãos, normalmente as pessoas o folheiam todo, lendo pelo menos as manchetes e selecionando algumas reportagens em que gostariam de se aprofundar. Já numa página de internet, o leitor não se sente preso ao que está publicado, podendo vir a ler apenas uma notícia isolada, sem nem passar pelas outras.
Para se publicar notícias na internet, são necessários jornalistas. É preciso ter uma equipe que consiga informações, redija os textos e os publique (exatamente como ocorre no jornal impresso). Isso garante um futuro para a profissão, e talvez até gere uma ampliação nas equipes jornalísticas, pois há a possibilidade de serem divulgadas ainda mais informações.

Tá pensando que é fácil?

Então dá uma olhadinha no que rola nos bastidores do jornal que você recebe em cas todas as manhãs...
7h: o editor, o chefe de reportagem e os repórteres entram em ação.
8h: hora de os repórteres irem em busca de suas pautas, que servem como um roteiro que auxilia o repórter a estar preparado sobre certo assunto. Ao mesmo tempo os cadernos já começam a ser fechados.
9h: os chefes de reportagem se reúnem e decidem o rumo a ser seguido por seus respectivos cadernos. O jornal começa a tomar corpo.
10h: as matérias e cadernos começam era finalizados.
11h: todos os carros da redação estão nas ruas levando os jornalistas até as notícias que farão o jornal do dia seguinte.
12h: Almoço? Nem pensar. É nessa hora que os editores verificam as matérias.
13h: os jornalistas escutam as rádios e se preparam para a reunião geral, enquanto os “adiantos” (exemplares impressos antes das dez e meia da noite) são impressos.
14h: reunião com o diretor de redação. É nesse momento que o jornal do dia seguinte é planejado e que os focos são escolhidos.
15h: os editores apresentam o jornal às suas equipes. Na Central do Interior, o editor checa se alguma notícia do interior pode ser aproveitada para o jornal.
16h: o departamento comercial monta página por página do jornal com os espaços comerciais, que é chamado de espelho.
17h: as notícias ainda podem surgir ou “cair” (deixar de ser atual, aproveitável).
18h: o jornal começa a ser montado, as matérias e as fotos são escolhidas. A CTI (Central de Tratamento de Imagens) inicia seus trabalhos. Enquanto isso, o Departamento de Circulação começa a montar o mapa de distribuição (as vias de distribuição variam entre gratuita, assinatura, banca e sinaleira).
19h: algumas notícias podem cair. Os textos são lidos e editados, logo depois as fotos e as matérias são passadas para a diagramação. E as primeiras páginas são “baixadas” (finalizadas).
20h: o restante do jornal é “baixado”.
21h: tratamento de imagens. As fotos são calibradas e repassadas para a redação. E, finalmente, a capa é “baixada”.
22h35: o jornal é fechado. Impressão rápida em 20 minutos, mas essa é apenas a primeira edição.
23h: a redação já está trabalhando para atualizar o jornal.
24h: os caminhões já estão levando os jornais para seus destinos. O interior é o primeiro a receber, pois não haveria tempo de enviar as outras edições mais atualizadas a tempo do amanhecer.
1h: a redação trabalha pra fechar mais uma edição. Em forma de plantão, tudo fica mais calmo...
2h: impressão e distribuição.
3h: acaba o plantão da redação.
4h: jornais estão sendo distribuídos na região metropolitana de Porto Alegre.
5h: a distribuição continua...
6h: começa a venda de jornais nas ruas.
7h: começa a ser pensada a nova edição e começa tuuuudo de novo.

Quem disse que vida de jornalista é fácil?