quinta-feira, 14 de maio de 2009

"Posso entrar na de política?"


Quando o professor Fábian perguntou de qual editoria gostaríamos de participar, a princípio fiquei meio perdida. Escreveria sobre qualquer tema que me fosse pedido, mas era difícil dizer qual era o meu preferido. Meio que por impulso, me vi com a mão levantada dizendo: "Posso entrar na de política?". Já haviam quatro pessoas nessa editoria, e com certeza as de cultura e mundo lotariam. Como sempre foi algo que me interessou, apesar de não saber muito sobre o assunto, resolvi arriscar. No primeiro dia, tivemos que fazer a pauta, decidimos o que teria mais importância e qual o estilo de página que seria utilizado. Selecionados os temas, cada pessoa ficou encarregada de um (com exceção da entrevista, que foi feita por dois colegas).
Optei por escrever sobre o governo Yeda, não por ser uma grande entendedora do assunto, mas principalmente porque estavam acontecendo passeatas exigindo a sua renúncia e o ocorrido me intrigava suficientemente para render uma boa matéria.
No mesmo dia, comecei a pesquisar e a coletar as informações mais importantes. O tema, como eu logo percebi, é bastante polêmico, e os acontecimentos, bastante numerosos. Infelizmente, os 1150 caracteres disponíveis para a reportagem pareceram insuficientes para dizer tudo o que eu queria. Tive, então, que resumir o máximo possível, e selecionar o mais importante. Essa foi, talvez, a parte mais complicada do processo. Além disso, como o jornal só seria impresso quase dois meses depois de escrevermos, a reportagem não poderia ser completamente focada no momento, o que também não foi fácil. No entanto, isso acabou me ajudando a escolher as informações principais. Consegui, após alguns ajustes dos professores, encaixar nos caracteres um texto bastante razoável.
Como início de carreira não é fácil para ninguém, muito menos para um jornalista, considero essa uma experiência e tanto. Por mais que a matéria seja publicada apenas no pequeno jornal da cadeira, o simples fato de saber que várias pessoas vão ler (e não apenas o professor, como acontece na maioria das reportagens que escrevemos) fez com que eu fosse ainda mais cautelosa e responsável a respeito do que escrevi. Percebi, com esse trabalho, que, com concentração e esforço, posso aprender- e escrever- sobre qualquer assunto.
Débora Fogliatto

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