quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quem vai ter coragem?

Como a Débora já disse, eu decidi fazer parte da editoria de economia do jornal. Eu não fazia ideia do que me esperava. Vou lhes contar do momento em que tomei esta decisão fatídica.
Eram oito horas da manhã quando os professores Fábian e Pellanda iniciaram a aula, informando-nos que faríamos um jornal. Sim, um jornal mesmo, completo, com editorias e tudo. Tivemos a oportunidade de optar em qual dos setores gostaríamos de trabalhar e, obviamente, as áreas mais requisitadas foram de esportes e de cultura. E eu havia, por sorte, garantido minha vaga na editoria de esportes. Até que chegou a hora de preencher as lacunas que haviam sido deixadas na editoria de economia.
O professor Fábian, me lembro perfeitamente, disse: "Quem vai ser corajoso o suficiente para acompanhar os colegas da editoria de economia?". Eu, num momento de insanidade, levantei o braço, me candidatando. E não podia mais voltar atrás. Então, me reuní com o grupo para decidir as pautas, que deveriam estar prontas no mesmo dia. Imediatamente, a crise econômica foi o primeiro assunto definido e eu, juntamente com Filipe Garcia, fiquei responsável por esta matéria.
As dificuldades começaram pelo caráter atemporal que o texto deveria ter, porque o jornal seria impresso apenas em julho e seu conteúdo teria que permanecer atual por um semestre. Mas como nos propusemos ao desafio, encaramos. Foram horas tentando entender o que estava acontecendo com a economia e, acreditem, não foi fácil. Até porque explicar algo de tamanha complexidade em apenas 2500 caracteres é muito difícil. Pode parecer muito espaço, mas não se enganem, não é. Finalmente, depois de escrever e reescrever, cortar e aumentar, apagar e corrigir, terminamos a nossa matéria e com muito orgulho.
Tanto sofrer para escrever essa reportagem, me fez parar para pensar no que me levou a me candidatar para a vaga tão evitada por todos. Refletindo percebi que, inconscientemente, optei por essa área que me causa tanta aversão por um simples motivo: se eu conseguir escrever para a editoria de economia, que não me atrai nem um pouco, terei a confirmação de que escrever para editorias que eu goste, como cultura, mundo ou esporte, será muito mais fácil e prazeroso.
Apesar de ter plena consciência de que muitas das oportunidades que terei, especialmente no inícia da minha carreira, não serão as de minha preferência.
Carolina Beidacki.

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