quarta-feira, 1 de julho de 2009

Última Tarefa


Depois de sofrermos com o stand-up no saguão da Famecos, agora teremos de apresentar um programa de TV ao vivo durante 20 minutos. Amanhã, às 8h30, entrevistaremos o professor Luciano Klocner por 10 minutos e, em seguida, faremos um debate também por 10 minutos. Nós duas seremos da parte da entrevista, e na segunda metade tentaremos nos fazer úteis controlando alguma das câmeras ou cuidando o tempo.
Levando-se em conta a tensão do momento, acredito que eu não tenha ido tão mal semana passada. Estava nervosa, mas sabia bem o texto e me atrapalhei um pouco apenas no início. Infelizmente, cheguei atrasada na aula seguinte e acabei não conseguindo assistir à minha performance. Mas estou confiante de que nos sairemos bem amanhã, até porque tudo é melhor em grupo. Qualquer erro, um pode salvar o outro. Além disso, somos apenas calouros. Embora não por muito mais tempo- essa é a nossa última tarefa não apenas da cadeira de Laboratório de Jornalismo, como também de todo o semestre.
Por todo o carinho e paciência de nossos professores Fábian e Pellanda, não importa o resultado do programa de amanhã, sei que (perdoem o chavão) fecharemos com chave de ouro.
Débora Fogliatto

Que responsa parte 2

Aproveitando o gancho da Carol, queria dizer também algumas palavras sobre a nossa última leitura para essa semestre, o livro A Sangue Frio de Truman Capote.
Eu tinha grandes expectativas a respeito do livro, e ele não me decepcionou. Muito pelo contrário, o que eu imaginava ser uma obra puramente investigativa se revelou uma narrativa sensível, criativa e diferente de tudo o que eu já havia lido. Isso tudo porque o autor consegue falar do assassinato de uma família, descrevendo a brutalidade dos tiros
de metralhadora e, ao mesmo tempo, provocar nos leitores uma extrema compaixão pelos criminosos.
Abaixo segue minha resenha, pois não consigo expressar melhor do que fiz nela minhas opiniões a respeito do livro.

OS BONS VILÕES DE CAPOTE
Em seu mais conhecido livro, Capote quebra os padrões ao retratar com compaixão dois criminosos responsáveis pela chacina de uma família no interior dos EUA

A Sangue Frio, livro de maior prestígio do escritor americano Truman Capote e um dos mais famosos do século XX, é também um clássico do jornalismo literário. A obra, originalmente uma reportagem da revista The New Yorker dividida em quatro partes, é considerada pelo autor como um “romance de não-ficção”. A narrativa começa descrevendo a pequena cidade de Holcomb, no oeste do Kansas, EUA, e a família Clutter, uma das mais prósperas da região. O tema central da reportagem seria o homicídio dos Clutter, ocorrido em 15 de novembro de 1959. O autor passou seis anos apurando sua história, que conta desde um dia antes à morte de Herbert, Bonnie, Nancy e Kenyon Clutter até a execução dos assassinos, em 1965.
Para escrever sua matéria, ele contou com nada mais do que uma incrível capacidade de memória e osbservação. Conquistou a confiança e a amizade dos criminosos- há quem diga que Capote, homossexual assumido, se apaixonou por um deles. Perry Smith e Richard Hickock são retratados no livro como dois adultos com uma história difícil que cometeram um grande erro, apesar de eles próprios não assumirem a magnitude de seu crime. Embora não peça pelo perdão dos leitores, Capote explora o lado mais humano dos assassinos, e inclusive deixa uma dúvida implícita sobre a sexualidade dos dois. Além de descrever com detalhes as paisagens, a cidade de Holcomb e até mesmo a personalidade de seus habitantes, o escritor dá a impressão de ter conhecido a falecida família. Ele narra o dia anterior à sua morte, e caracteriza com precisão cada uma das vítimas, pessoas honestas e corretas, cuja boa índole traz ao leitor um sentimento de injustiça perante as atrocidades do assassinato. Contudo, o livro se foca principalmente na trajetória dos assassinos, nos motivos que os teriam levado a cometer o crime e nas investigações do detetive Alvin Dewey. A busca pelos culpados é intercalada com as tortuosas histórias de vida dos dois (principalmente de Perry), que expõem a infância, a entrada no universo delinqüente, a primeira estadia na cadeia, e culminam na captura, confissão, julgamento, permanência de cinco anos no Corredor da Morte e execução dos criminosos.
O risco de apresentar o lado bom e sensível de duas pessoas consideradas terríveis para a maioria da população norte-americana da época não pareceu inibir Capote, que deixa para o leitor a dúvida: a pena de morte é ou não algo positivo? Ao contar as biografias de Dick e Perry, ao narrá-los com emoção e ternura, o escritor transforma os vilões em protagonistas de uma triste história. A ambigüidade dos criminosos talvez seja o que torna o livro intrigante: por um lado, o autor conta o sofrimento dos assassinos, como uma maneira de redimi-los pelo assombroso crime que cometeram. Por outro, não deixa de condená-los não por apenas terem tirado a vida de uma família de inocentes, mas principalmente por o terem feito a sangue frio.
Débora Fogliatto

Fábian e Pellanda atacam novamente

Pois é, mais uma vez nossos professores designaram uma tarefa árdua para nós, meros principiantes no jornalismo. O desafio era escrever um boletim para gravarmos frente às câmeras. E lá fomos nós, pequeninos e indefesos, enfrentar o bicho de sete cabeças que é a tal da câmera. Foi um desastre, pelo menos pra mim. Sempre tem aqueles talentos natos, mas esses não são parâmetro. Se fossem, teríamos ímpetos de aposentadoria precoce.
Escrevi meu texto sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de acabar com a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão (decreto absurdo, diga-se de passagem). E eu, na maior inocência, resolvi colocar citações. Pra quê, né? Só pra complicar. Uma citação em especial, tomou-me muito tempo, e mesmo assim não saiu conforme o planejado. Assim como todo o resto. Deixei a desejar, li praticamente o tempo inteiro. Preocupada com o resultado final, pedi ao Fábian para refazer o take. Então, os professores fizeram a gentileza de permitir que os alunos insatisfeitos com o seu desempenho repetissem a gravação.
A segunda tentativa foi um tanto mais bem-sucedida. Olhando pra câmera, citações bem feitas, tudo corria tranquilamente. Foi na última frase, a mais fácil de todas, que eu me enrolei. Repeti a frase quatro vezes até acertar. Depois que terminei, o professor Pellanda disse que deveria ter dito “perdão” e prosseguido. Vivendo e aprendendo. Essa é a moral dessa cadeira, por isso se chama Laboratório de Jornalismo, um local para realizar experimentos. Foi aqui que demos nossos primeiros passos em direção às nossas, esperamos que brilhantes, carreiras. Obrigada aos professores Fábian Chelkanoff e Eduardo Pellanda por compartilharem seus conhecimentos e guiarem-nos rumo ao nosso futuro.
Carolina Beidacki

Que responsa.


Aula vai, aula vem e sempre recebemos novas sugestões de leitura ou de filmes para ver, na maioria das vezes é mais uma ordem do que uma sugestão, mas enfim, a gente acata. Dessa vez, o professor Juan Domingues pediu que lêssemos A Sangue Frio, obra prima de Truman Capote que revolucionou o jornalismo. Após a leitura tivemos que escrever uma resenha sobre o livro. A responsabilidade era grande, não só por ser uma obra de tamanha importância, mas porque afetaria minha nota também.
Dando uma de Dostoiévski
Foi 15 de novembro de 1959. Halcomb, Kansas. Um surto de insanidade dominou Perry Edward Smith e Richard Hickock. A notícia de um crime contra a família de um fazendeiro local disparou a criatividade de Truman Capote. E dali, nasceu a obra que, alguns anos mais tarde, revolucionaria o jornalismo. A Sangue Frio transparece o talento deste autor, que busca no impacto das palavras a catapulta para um grande sucesso.
Capote, sempre muito sagaz, arquitetou uma trama de tirar o fôlego, deixando pouco espaço para críticas. Num livro intitulado A Sangue Frio, um tanto contraditório, Truman Capote humaniza os assassinos. Será que ele fez de propósito? Bem, intencional ou não, o que importa é que deu certo. O sucesso fez com que a obra deixasse sua marca na história do jornalismo e provocasse grandes debates.
Entre visitas ao local do crime, investigações, entrevistas e aproximação dos assassinos, Capote dedicou quase sete anos de sua vida no desenvolvimento do livro que ele mesmo considerou sua obra-prima. Essa apuração, porém, gera certa polêmica: Truman Capote não fez uso de gravadores, nem sequer de uma caneta. Assim, a crença na veracidade dos fatos do livro fica a mercê da boa vontade do leitor.
Capote, num ataque de Dostoiévski, descreve os acontecimentos nos mínimos detalhes fazendo com que o leitor mergulhe numa realidade de crime e castigo tão intensa que ele se sente parte dela. Página após página, revelação após revelação, o fenômeno de Truman conquista o leitor e não o deixa abandonar o livro nem para uma fugidinha ao toalete.
Carolina Beidacki

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sobre o alucinado ofício do jornalismo


"Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade.
Ninguém que não a tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida.
Ninguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso.
Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."

Gabriel García Márquez



"Por mais que soe ingênue, pueril e até mesmo fora de moda, afirmo que o dever número um do jornalista é com a verdade- mesmo que ela não seja algo claramente identificável.
O dever número dois é com o jornalismo independente.
O número três é com os cidadãos. Não se deve ter vergonha de tomar partido deles.
O quarto dever do jornalista é com sua própria consciência."

Ricardo Noblat, A arte de fazer um jornal diário

quinta-feira, 28 de maio de 2009

"SERÁ QUE CHOVE?"


Semana passada, o desafio era fazer um programa de rádio. Assim mesmo, sem nunca ter feito nada do gênero. Os "radialistas" responsáveis pelo programa eram Carolina Beidacki, Fábio Viecili, Géssyca Agnes, João Henrique Willrich, Júlia Rombaldi, Marco Antônio Souza, Natália Otto e Pedro Faustini. Débora Fogliatto também faz parte do grupo, apesar de não ter apresentado o programa pois não pode estar presente.
Na quarta-feira, dia anterior à transmissão, nos reunimos para decidir como seria o programa. Num surto criativo, escolhemos o nome: "Será que chove?". Uma ironia devido à dificuldade inicial de encontrarmos os assuntos a serem abordados. Enfim optamos por um fromato diferenciado: um programa de debates. Cansados de sermos bombardeados diariamente por informações, escolhemos apenas três temas a serem discutidos no programa: o fechamento da base naval de Guantánamo, a adesão do Enem como avaliação para ingresso nas universidades federais e as especulações sobre o fim do jornalismo impresso.
O nosso âncora, Marco, já experiente na área, por ser integrante da radiofam, iniciou o programa e apresentou os outros componentes. Ao longo da transmissão, tudo corria tranquilamente, até que um momento tenso tomou conta do estúdio. De acordo com os planos, deveríamos abordar o tema das cotas juntamente com o Enem. No entanto, por alguma razão que desconhecemos, as cotas simplesmente desapareceram da pauta! Foi um silêncio que, apesar de ter durado apenas alguns segundos, pareceu uma eternidade. Pedro, corajosamente, se manifestou, gerando uma nova rodada de discussões.
O "Será que chove?" foi o último programa da turma a ser broadcasted (que chique, né?) naquela manhã e teve a duração de vinte minutos. Confira na íntegra o "Será que chove?" do dia 21 de maio, seguindo este link.


Os tropeços de Yeda

Segundo pesquisa do Instituto Datafolha publicada em 25 de Março, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, tem uma aprovação de 17%, o pior índice entre os principais governadores brasileiros.
Em 2007, a suspeita de envolvimento da governadora na fraude no Detran gerou polêmicas. O PSOL afirmou ter tido acesso a fitas de vídeo e áudio que confirmariam a sua participação no escândalo. Outra acusação contra ela é a compra de uma casa, em 2006, para a qual teria, de acordo com a oposição, utilizado dinheiro não declarado. Segundo o Ministério Público, essa denúncia não tem fundamento.
Em maio, foi descoberto um sistema de escutas telefônicas ilegais no governo, denunciado por Adão Paiani, ex-ouvidor da Secretaria de Segurança Pública do RS. De acordo com as denúncias, Yeda saberia das escutas, que teriam sido utilizadas para realizar “pressão política” e chantagem dentro de seu governo. Mais tarde, a chefia do Ministério Público afirmou que as escutas acusadas de ilegais por Paiani haviam sido feitas com autorização judicial.
Apesar dos aspectos negativos, o déficit estadual igualou-se a zero, e a governadora garante que, até o final de seu mandato, todos os municípios do estado terão seus acessos asfaltados e 10 mil casas populares serão construídas.

A metástase da crise

Em meados de 2007, uma turbulência atingiu o mercado imobiliário dos Estados Unidos. Com alta disponibilidade de crédito e juros baixos, o setor de imóveis recebeu um forte impulso por parte das instituições financeiras. Isso elevou o preço dos imóveis, causando a saturação do mercado e a indignação dos credores. Os financiamentos, no entanto, não eram utilizados apenas para comprar imóveis, ou seja, beneficiavam todos os setores da economia. Com isso, os americanos endividaram-se e deixaram de pagar os bancos. Para suprir a falta dos pagamentos, as instituições aumentaram as taxas de juros e o preço dos imóveis voltou a cair. Casos em que se pagava US$ 150mil por um apartamento que valia US$ 60 mil eram freqüentes e, consequentemente, a inadimplência tomou conta do mercado. A retenção de crédito – antes abundante – por parte dos bancos acabou por originar a crise econômica norte-americana, que se alastrou pelos demais países do mundo, inclusive o Brasil.
O principal efeito da crise no país é a dificuldade em obter dinheiro, em função da crise de confiança que se instalou nas instituições. Os bancos, em tempos de crise, têm medo de conceder empréstimo, deixando as grandes empresas, que dependem de financiamento, em dificuldades. Isso traz uma grave conseqüência para o Brasil, já que, sem crédito, as empresas deixam de investir, o que impede a geração de mais empregos e renda para o país, além de acarretar sucessivas demissões de funcionários. O mercado de ações encontra-se em um ciclo vicioso e aparentemente sem fim: os acionistas, com medo da crise, esvaziam as bolsas de valores – consideradas investimento de risco -, principalmente as dos países emergentes, como o Brasil. Investidores estrangeiros, endividados, venderam seus papeis para cobrir as perdas em outros países. As empresas nacionais, deste modo, ficam sem dinheiro para investir e a crise se expande. Os setores automobilístico, imobiliário e de bens de consumo foram os mais prejudicados pela crise financeira, devido ao fato de serem ligados a financiamentos.
O Fundo Monetário Internacional divulgou no mês de abril deste ano uma estimativa do custo da crise. A previsão supera os 4 trilhões de dólares, considerando-se a crise no período desde entre 2007 e 2010. Instituições, como a Organização das Nações Unidas (ONU), também devem ser prejudicadas pela crise econômica. No caso da ONU, as doações – que vinham crescendo nos últimos anos – devem sofrer uma queda considerável, o que prejudicaria seriamente a realização de projetos de cunho social da instituição.

Carolina Beidacki e Filipe Garcia

quinta-feira, 14 de maio de 2009

"Posso entrar na de política?"


Quando o professor Fábian perguntou de qual editoria gostaríamos de participar, a princípio fiquei meio perdida. Escreveria sobre qualquer tema que me fosse pedido, mas era difícil dizer qual era o meu preferido. Meio que por impulso, me vi com a mão levantada dizendo: "Posso entrar na de política?". Já haviam quatro pessoas nessa editoria, e com certeza as de cultura e mundo lotariam. Como sempre foi algo que me interessou, apesar de não saber muito sobre o assunto, resolvi arriscar. No primeiro dia, tivemos que fazer a pauta, decidimos o que teria mais importância e qual o estilo de página que seria utilizado. Selecionados os temas, cada pessoa ficou encarregada de um (com exceção da entrevista, que foi feita por dois colegas).
Optei por escrever sobre o governo Yeda, não por ser uma grande entendedora do assunto, mas principalmente porque estavam acontecendo passeatas exigindo a sua renúncia e o ocorrido me intrigava suficientemente para render uma boa matéria.
No mesmo dia, comecei a pesquisar e a coletar as informações mais importantes. O tema, como eu logo percebi, é bastante polêmico, e os acontecimentos, bastante numerosos. Infelizmente, os 1150 caracteres disponíveis para a reportagem pareceram insuficientes para dizer tudo o que eu queria. Tive, então, que resumir o máximo possível, e selecionar o mais importante. Essa foi, talvez, a parte mais complicada do processo. Além disso, como o jornal só seria impresso quase dois meses depois de escrevermos, a reportagem não poderia ser completamente focada no momento, o que também não foi fácil. No entanto, isso acabou me ajudando a escolher as informações principais. Consegui, após alguns ajustes dos professores, encaixar nos caracteres um texto bastante razoável.
Como início de carreira não é fácil para ninguém, muito menos para um jornalista, considero essa uma experiência e tanto. Por mais que a matéria seja publicada apenas no pequeno jornal da cadeira, o simples fato de saber que várias pessoas vão ler (e não apenas o professor, como acontece na maioria das reportagens que escrevemos) fez com que eu fosse ainda mais cautelosa e responsável a respeito do que escrevi. Percebi, com esse trabalho, que, com concentração e esforço, posso aprender- e escrever- sobre qualquer assunto.
Débora Fogliatto

Quem vai ter coragem?

Como a Débora já disse, eu decidi fazer parte da editoria de economia do jornal. Eu não fazia ideia do que me esperava. Vou lhes contar do momento em que tomei esta decisão fatídica.
Eram oito horas da manhã quando os professores Fábian e Pellanda iniciaram a aula, informando-nos que faríamos um jornal. Sim, um jornal mesmo, completo, com editorias e tudo. Tivemos a oportunidade de optar em qual dos setores gostaríamos de trabalhar e, obviamente, as áreas mais requisitadas foram de esportes e de cultura. E eu havia, por sorte, garantido minha vaga na editoria de esportes. Até que chegou a hora de preencher as lacunas que haviam sido deixadas na editoria de economia.
O professor Fábian, me lembro perfeitamente, disse: "Quem vai ser corajoso o suficiente para acompanhar os colegas da editoria de economia?". Eu, num momento de insanidade, levantei o braço, me candidatando. E não podia mais voltar atrás. Então, me reuní com o grupo para decidir as pautas, que deveriam estar prontas no mesmo dia. Imediatamente, a crise econômica foi o primeiro assunto definido e eu, juntamente com Filipe Garcia, fiquei responsável por esta matéria.
As dificuldades começaram pelo caráter atemporal que o texto deveria ter, porque o jornal seria impresso apenas em julho e seu conteúdo teria que permanecer atual por um semestre. Mas como nos propusemos ao desafio, encaramos. Foram horas tentando entender o que estava acontecendo com a economia e, acreditem, não foi fácil. Até porque explicar algo de tamanha complexidade em apenas 2500 caracteres é muito difícil. Pode parecer muito espaço, mas não se enganem, não é. Finalmente, depois de escrever e reescrever, cortar e aumentar, apagar e corrigir, terminamos a nossa matéria e com muito orgulho.
Tanto sofrer para escrever essa reportagem, me fez parar para pensar no que me levou a me candidatar para a vaga tão evitada por todos. Refletindo percebi que, inconscientemente, optei por essa área que me causa tanta aversão por um simples motivo: se eu conseguir escrever para a editoria de economia, que não me atrai nem um pouco, terei a confirmação de que escrever para editorias que eu goste, como cultura, mundo ou esporte, será muito mais fácil e prazeroso.
Apesar de ter plena consciência de que muitas das oportunidades que terei, especialmente no inícia da minha carreira, não serão as de minha preferência.
Carolina Beidacki.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Fazendo um jornal

Nas últimas três semanas, temos trabalhado no jornal da disciplina. Assim como a maioria dos jornais, é dividido em várias editorias, sendo elas: geral, polícia, mundo, economia, política, cultura e esportes. Tivemos a chance de escolher de qual editoria gostaríamos de participar, levando em conta que cada uma teria entre cinco e oito alunos. A escolha foi um pouco difícil para nós, mas acabamos por optar por política (Débora) e economia (Carolina).
Na editoria de política, fui encarregada de escrever sobre o governo de Yeda Crusius, enquanto a Carol fez um texto sobre a crise mundial. Não foi fácil, mas as matérias ficaram prontas hoje, na aula mesmo. Nos próximos posts, falaremos sobre o processo de fazer uma matéria, da escolha desses assuntos, das dificuldades que tivemos e das pesquisas que foram feitas, além de postarmos os textos em si.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O esgotameto do jornal impresso

Com o crescimento da internet, veio a decadência do jornal impresso. As várias mudanças ocorridas nos hábitos, na maneira de pensar e na vida das pessoas, aliadas à queda nas vendas e ao aumento dos preços dos jornais são os principais motivos desse declínio.
Atualmente, é muito fácil descobrir o que acontece a cada minuto. Através da internet, as notícias são atualizadas a toda instante, e ninguém precisa esperar muito tempo para saber dos últimos acontecimentos. Os jornais, que só são distribuídos uma vez por dia, podem demorar para levar as informações a quem precisa. Além disso, são difíceis de manipular, pesados e gastam muito papel. Com toda a consciência ecológica que se tem nos dias de hoje, é difícil ignorar a quantidade de papel utilizada nessa produção.

Isso, no entanto, não resultará no fim do jornalismo escrito. O jornal impresso está com os dias contados, mas há outras maneiras de se levar as notícias para as casas dos leitores. Talvez as revistas, por consistirem em reportagens que não necessitam de atualizações imediatas, consigam sobreviver na sua antiga forma. Outra opção de mudança para os jornais seria seguir esse modelo. Mas, como isso já ocorre nas revistas e os jornais não estão muito determinados a mudar a sua estrutura, essa alteração é improvável.
Mas o futuro do jornalismo escrito consiste principalmente na internet, o mais rápido e eficiente meio de comunicação atual. Contudo, ela também apresenta desvantagens. Entre elas estão a redução de tempo para escrever as matérias, devido à necessidade de rapidez para publicá-las, gerando, assim, uma diminuição em sua qualidade. Além disso, quando se tem um jornal em mãos, normalmente as pessoas o folheiam todo, lendo pelo menos as manchetes e selecionando algumas reportagens em que gostariam de se aprofundar. Já numa página de internet, o leitor não se sente preso ao que está publicado, podendo vir a ler apenas uma notícia isolada, sem nem passar pelas outras.
Para se publicar notícias na internet, são necessários jornalistas. É preciso ter uma equipe que consiga informações, redija os textos e os publique (exatamente como ocorre no jornal impresso). Isso garante um futuro para a profissão, e talvez até gere uma ampliação nas equipes jornalísticas, pois há a possibilidade de serem divulgadas ainda mais informações.

Tá pensando que é fácil?

Então dá uma olhadinha no que rola nos bastidores do jornal que você recebe em cas todas as manhãs...
7h: o editor, o chefe de reportagem e os repórteres entram em ação.
8h: hora de os repórteres irem em busca de suas pautas, que servem como um roteiro que auxilia o repórter a estar preparado sobre certo assunto. Ao mesmo tempo os cadernos já começam a ser fechados.
9h: os chefes de reportagem se reúnem e decidem o rumo a ser seguido por seus respectivos cadernos. O jornal começa a tomar corpo.
10h: as matérias e cadernos começam era finalizados.
11h: todos os carros da redação estão nas ruas levando os jornalistas até as notícias que farão o jornal do dia seguinte.
12h: Almoço? Nem pensar. É nessa hora que os editores verificam as matérias.
13h: os jornalistas escutam as rádios e se preparam para a reunião geral, enquanto os “adiantos” (exemplares impressos antes das dez e meia da noite) são impressos.
14h: reunião com o diretor de redação. É nesse momento que o jornal do dia seguinte é planejado e que os focos são escolhidos.
15h: os editores apresentam o jornal às suas equipes. Na Central do Interior, o editor checa se alguma notícia do interior pode ser aproveitada para o jornal.
16h: o departamento comercial monta página por página do jornal com os espaços comerciais, que é chamado de espelho.
17h: as notícias ainda podem surgir ou “cair” (deixar de ser atual, aproveitável).
18h: o jornal começa a ser montado, as matérias e as fotos são escolhidas. A CTI (Central de Tratamento de Imagens) inicia seus trabalhos. Enquanto isso, o Departamento de Circulação começa a montar o mapa de distribuição (as vias de distribuição variam entre gratuita, assinatura, banca e sinaleira).
19h: algumas notícias podem cair. Os textos são lidos e editados, logo depois as fotos e as matérias são passadas para a diagramação. E as primeiras páginas são “baixadas” (finalizadas).
20h: o restante do jornal é “baixado”.
21h: tratamento de imagens. As fotos são calibradas e repassadas para a redação. E, finalmente, a capa é “baixada”.
22h35: o jornal é fechado. Impressão rápida em 20 minutos, mas essa é apenas a primeira edição.
23h: a redação já está trabalhando para atualizar o jornal.
24h: os caminhões já estão levando os jornais para seus destinos. O interior é o primeiro a receber, pois não haveria tempo de enviar as outras edições mais atualizadas a tempo do amanhecer.
1h: a redação trabalha pra fechar mais uma edição. Em forma de plantão, tudo fica mais calmo...
2h: impressão e distribuição.
3h: acaba o plantão da redação.
4h: jornais estão sendo distribuídos na região metropolitana de Porto Alegre.
5h: a distribuição continua...
6h: começa a venda de jornais nas ruas.
7h: começa a ser pensada a nova edição e começa tuuuudo de novo.

Quem disse que vida de jornalista é fácil?

quarta-feira, 25 de março de 2009

A História da Internet

Década de 60, o clima estava tenso, a Guerra Fria se anunciava e o governo americano precisava de um sistema de troca de informações para os computadores militares. O que os americanos buscavam era, na verdade, uma tecnologia de resistência, um programa que conservasse os dados mesmo em caso de ataques nucleares. Este contexto histórico gerou o surgimento da internet, que foi modificada durante décadas e hoje é um dos principais meios de comunicação.

Em 1993, Tim Berners Lee "cria" a web. A partir de 1994, a internet passa a ser utilizada como forma de comércio, com a criação de sites como Amazon, Yahoo e Netscape. O primeiro deles se tornou, em um ano, a maior livraria do mundo. Atualmente, vende não apenas livros, como também DVDs, CDs de música, softwares de computador, vídeo games, e até móveis, brinquedos e comida.
Na época, apesar desses avanços, a internet era bastante lenta. Em 1995, surge o modem discado, mas é em 1998, com a internet a cabo, que se torna possível navegar com maior velocidade e ficar com o computador conectado por quanto tempo for necessário, pagando um preço fixo. A rede WiFi (internet sem fio), que permite a conexão com a internet quando se está na área que um ponto de acesso abrange, surgiu em 1999, mas apenas há pouco tempo se tornou conhecida pela maioria da população brasileira. Em 2008, tornou-se possível estar conectado não apenas o tempo todo, mas também em qualquer lugar, com o surgimento da tecnologia 3G.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Quem somos?

Oi, somos estudantes de Jornalismo da PUCRS e estamos começando hoje o nosso blog para a cadeira de Laboratório de Jornalismo.
Seremos nós, Débora Fogliatto e Carolina Beidacki, que os manteremos informados sobre as novidades no mundo da comunicação. Vocês terão acesso a links que postaremos semanalmente, esses serão relacionados a todas as mídias, como rádio, jornal, TV e a própria internet.